O coelhinho foi com o Pai Natal e o comboio ao circo

Os plantéis baralhados
foram pouco equilibrados

SPORTICA I: 9
SPORTICA II
: 5

(ou algo assim)



Crónica
Com 3 convidados e 7 jogadores oficiais, a mais recente jornada do DERBI ficou logo à partida marcada pela estranheza das formações iniciais. Julgar-se-ia que o embate de 2 cincos nunca antes agremiados iria ter um custo na qualidade do jogo jogado, mas desenganem-se os maldicentes. O jogo foi fluído, de ataque, com bons momentos e muita velocidade (claro está, dentro dos limites de velocidade de um jogo de DERBI) e as equipas mostraram maturidade e entrosamento que não seria, em princípio, de esperar.
O Sportica I alinhou com um quatro e meio formado por Lee, Bonito, Figueiredo, Baptista e Falcato. Um misto de atletas ISEGOISCTEíanos, onde brilhava o querer e visão de jogo do Lusochinomoçambicano, a técnica do Novo Paivense, a disciplina e jogo de cabeça do duo da cidade universitária e o peso e consistência do meio Figueiredo.
Pelo Sportica II, o cinco era composto por Marques, Moura, José Eduardo, Pereira e Cavaleiro. Neste cinco era a força de José Eduardo que imperava, sob o brilho dos dribles de Marques, a capacidade ofensiva de Pereira, a entrega de Cavaleiro e a... presença de Moura.

Evoluiu o jogo de forma equilibrada nos primeiros momentos, com as equipas a medirem-se e procurando encaixar um estilo de jogo. Marcando primeiro o Sportica II, não tardou a encontrar-se a formação nº1 na frente, com as iniciativas de Lee a fazerem mossa na defesa contrária. Com um jogo mais variado, feito de lançamentos, dribles, tabelinhas e movimentação constante, o Sportica I assumiu o controlo de jogo e venceu sem apelo nem agravo. O Sportica II mostrou alguma falta de capacidade técnica, podendo lamentar-se de algum desequilibrio na constituição dos cincos e do rápido desgaste físico de alguns dos seus mais portentosos atletas.
No final, todos de parabéns pela entrega, sangue, saliva, gosma e suor cuspidos para o sintético de Carnaxide.


Análise d' Os jogadores - Tema: Vamos ao Circo!

Sportica II apresenta:
O vigoroso trapézio de... Bruno Marques

Executando complexas figuras, longe do alcance de um comum mortal, é magnífica a perícia no trapézio de Bruno Marques.
Trabalhando sem rede, gizou bonitas figuras nos ares de Carnaxide, mas entrou em queda a partir de metade do jogo. Pareceu revelar dificuldades físicas.


O motoqueiro Pedro "
Bragança" Pereira n'O poço da morte

Acelerou em direcção à baliza adversária, mas a sorte nada quis com ele. Arriscando a vida no verdadeiro poço da morte que foi a bem urdida e segura defesa adversária, saiu ileso, mas pouco aplaudido.


João Cavaleiro e o seu elefante amestrado





Lento nos processos, pesado em demasia, com poucas soluções técnicas. Cavaleiro deu nas vistas com o seu poderoso remate, físico imponente e vontade de jogar... mas pouco mais. Infeliz no remate, merecia mais golos.

Mr Musculo, José Eduardo Subtil - o homem mais forte do mundo
Riiijo, muito riiijo, Subtil, o homem mais forte do DERBI, foi em tempos capaz de arrastar consigo equipas adversárias inteiras. Hoje, no entanto, revela um pouco a sua veterania. Apesar de ainda ser temível e possuidor de um pontapé devastador, longe vão os tempos áureos. Ainda assim, um perigo à solta na tenda de Carnaxide.


Madame Moura e a sua troupe de cães
Fraco, inseguro, mostrou pecaninos argumentos para levar de vencida a equipa rival. Na defesa mostrou a vontade do costume, mas com poucos resultados. E assim, os cães ladravam, mas a caravana passava.



SPORTICA I

O magnífico... Bonito, o
Malabarista

Magnífico! Extraordinário! Brilhante! Senhoras e senhores, não tentem fazer isto em casa. Bonito, o malabarista, executa verdadeiros actos de magia no palco do sintético. Não importa olhar para a bola, é impossível descortinar a velocidade dos seus pés. Um verdadeiro artista.


O corajoso domador de leões... Sérgio Lee

Corajoso, dominador, agressivo, Lee não teve qualquer receio em avançar para a boca do leão. Várias vezes pegou no esférico e avançou, destemido, campo fora, pelo meio das feras adversárias.


O simpático José Falcato, Palhaço rico

Protagonizou um bom dueto com o seu ex-colega de equipa, mostrando bons dotes e alegria a jogar futebol. Com ricas capacidades técnicas, apesar da deficiente capacidade física (há muito que não jogava), fez um jogo com saldo francamente positivo... e marcou um afortunado golo de cabeça.


O engraçado Gonçalo Baptista, Palhaço pobre

Mais à vontade que Falcato, o seu parceiro preferido de jogo, fruto do maior entrosamento com a equipa. Defendeu e atacou sempre com muita vontade e querer, rematando mais que costume. Também ele marcou um grande golo de cabeça, para azar dos pobres adversários.


Nuno Figueiredo, o varredor de bosta
No seu jeito escondido, serviu a equipa o melhor que sabe, especialmente na limpeza da zona defensiva. Sabe-se que a técnica não é o seu forte... nem a velocidade... nem a agilidade... mas compensa essas fraquezas com a concentração e querer. Terminou o jogo desgastado.

O escriba,


Nuno Querido Manha

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