Acção e porrada em mais uma jornada




Noite em que tudo se mistura…
e de uma entrada muito dura.



Resultado final:
ISEG: 4
“RESTOS DO MUNDO”: 3


Crónica
Foi debaixo de uma valente chuvada que a edição do DERBI desta semana arrancou. Com uma equipa dos Restos bastante desfalcada, o ISEG – com uma pujança convocatórica nunca antes vista – viu-se obrigado a emprestar 3 jogadores aos seus rivais.
Com 7 homens de cada lado, Marques, Figueiredo e Pedrito envergaram a camisola escura, ladeados por Falcato, Paz, Sérgio e Miguel Ferreira. Do lado do ISEG evoluíram Renato, Bonito, Subtil (O ANIMAL), Alexandre, Sérgio, Gonçalo Lopes e Nuno Pedro.
Procurando rotinas de jogo, os Restos sentiram dificuldades nos momentos iniciais, raramente conseguindo jogadas de ataque e vendo-se forçados a muito trabalho defensivo. O ISEG subia no campo com relativa superioridade, que se materializou no 1º golo.
Mas com o passar dos minutos e maior estabilidade posicional, os Restos deram a volta ao marcador, com um grande golo de Falcato a ficar na retina.
Com o jogo em 1-3, o ISEG tentava a todo o custo chegar ao golo, dando o tudo por tudo. Subtil (O GIGANTESCO ANIMAL), numa disputa de bola ligeiiiiiramente dura, mostrou a Figueiredo que futebol não é para meninos (e que alguns jogadores de futebol correm o risco de nunca vir a ter meninos). Mais tarde, com o mesmo emprestado ISEGuiano na baliza, mais um lance que fica na retina… mas desta feita de Figueiredo, atingido em cheio na mona por uma bolada de Gonçalo – o mesmo que, descontente por estar abaixo de Subtil (O ASSASSINO ANIMAL) no ranking VEOC (“vamos-espancar-o-coxo”), voltou a castigá-lo com mais um remate em cheio na coxa.
Começou então o circo Chen, com Sérgio Lee a mostrar os seus dotes de malabarista da bola, primeiro num remate muitíssimo bem colocado, depois num penalty superiormente concretizado.
Sob o soar do apito, uma infelicidade de Falcato deitaria tudo a perder, oferecendo a bola e o golo ao ISEG.



Análise d' Os jogadores - Tema: Filmes de acção e PORRADA!


ISEG
Renato: Batman
Sem responsabilidades nos golos sofridos, fez o que podia nos restantes lances. Mostrou confiança e arrojo quando, nos minutos iniciais, se saiu aos pés de Rui Paz, falhando o contacto por pouco. Comentava o público mais jovem: “epá, se o Subtil bate, o Renato também bate, man”.

Carlos Bonito: Rocky
O esteio da defesa e o garante da estratégia de uma equipa que, por vezes, parecia sem rei nem rocky. Esteve para não vir, mas em campo não se viram dificuldades: não virou a cara à luta e nunca baixou os braços.

Nuno Pedro: Rambo, a fúria do herói
Marcou o primeiro golo do jogo, num remate cheio de fúria. Mas daí para diante, todas as flechas erraram o alvo. Manietado, meteu o ra(m)bo entre as pernas e praticamente desapareceu do jogo. Estálon(g)e da forma de outros tempos.

José Subtil: Conan, o Bárbaro
Um assassino, um cão, um javardo, um boi, um porco imundo, um animal perigoso que devia ser abatido pelas autoridades. Eis o Arnaldo Chevarzeneguer do DERBI. Para ele, futebol é uma carnificina. Uma entrada bárbara sobre Figueiredo podia ter tido graves consequências – não só no jogador, mas também na rotação da terra, tal o impacto. A sua capacidade de distribuição de fruta apenas vê paralelo em alguns hipermercados de referência.

Sérgio Lee: Comando
“Nesta equipa, sou eu que mando!”, deve pensar Lee. Não estava a ter uma partida muito feliz, sentindo dificuldade em orquestrar as suas tropas. Mandou então a construção de jogo à fava e colocou a bola, com comando à distância, no cantinho da baliza. Pouco depois, num penalty, empatou a partida. Minutos depois, via o ISEG a vencer, o tempo de jogo a esgotar-se e pensou: “bazo ca coisa ainda corre mal”.

Gonçalo Lopes: Hulk
Hulk é que é isso, oh Gonçalo? Já não bastava a alimária Subtil a espancar o pobre inválido? Habitualmente sereno, foi mais um que protagonizou algumas jogadas mais rijinhas. Furioso, talvez, não se esgotou nos tiros à queima-roupa sobre Figueiredo, somando um punhado de entradas viris.

Alexandre Lee: Avatar
Onde anda a pontaria? Não fosse o arranque (ainda) explosivo, a força e a técnica, pareceria um clone de Helder Postiga, tal a incapacidade de marcar golos. Haja esperança que vai encontrar o caminho da baliza. É que no dia em que voltar a marcar, vai estar um perigo eminente em campo. Ah vai ‘tar, vai.


ISCTE e RESTOS DO MUNDO
José Falcato: O Bom, o Mau e o Vilão
Capaz de tudo. Do bom, cavalgando quilómetros, enfrentando os adversários, salvando jogadas de golo, e do mau, perdendo bolas em zonas proibidas. Sai do campo como o vilão da partida. Tanto que um senhor chinês que via o jogo (nenhuma relação com os dois que estavam em campo) até disse: “Ena! Que pelda de bola mais palva. Vilam?”

Sérgio: A Múmia
No vértice mais recuado da pirâmide defensiva dos Restos, selou os caminhos da sua baliza. Rijo, de liga dura, respondeu com galhardia aos ataques do adversário. Por último, me ia explanar sobre o penalty assinalado por mão sua na bola, mas aceita-se a decisão

Pedrito: Die Hard (Assalto ao arranha-céus)
Teve muito espaço para avançar, mas continua com dificuldades no domínio de bola. Os adversários sabem-no e apertam-no nesse momento e a bola, a partir daí, arde.

Rui Paz: O Predador
Marcou, é verdade, numa jogada de insistência em que, camuflado, ganhou uma bola na extrema defesa do ISEG. Mas foi um perdedor de oportunidades de golo feito. Frente-a-frente com Renato, tentou sempre colocar o remate, quando devia mandar a bola para o espaço.

Miguel Ferreira: O Império Contra-Ataca
Caro Miguel: Dar-te a bola faz um jogo fácil. Com uma rotação à velocidade da luz, foi o principal obreiro da arma imperial dos Restos: o contra-ataque. Face ao apagamento de Bruno Marques, foi a principal estrela dos Restos.

Figueiredo: O Exterminador Implacável
O homem com um esqueleto de ferro fez tudo o que podia, incluindo ser placado. Andando para trás no tempo, será difícil encontrar um jogo em que correu tanto. Foi o centro de todas as tentativas de assassinato que ocorreram durante o jogo. No final, queixava-se: “estou todo partido, fui espancado. Não sei se com Voltaren isto vai passar… Esta minha dor é implacável”.

Bruno Marques: Salteadores da Arca Perdida
Por esta hora, aInda ian(d)a (eu sei, esticadote!) a pensar como não venceu o jogo. Rendeu pouco durante o tempo que esteve no ataque – foi, no fundo, temp(lo) perdido. Mas o seu jogo é, infelizmente, repetitivo: grande jogada, grande finta… Arrgh, ‘ca perdida!!





Pelo enviado especial
Nuno Freitas Globo

DERBI MAGAZINE



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Oito anos depois, eis que voltaram os bois.

A indústria do calçado em mais um jogo disputado

Ma-ra-vi-lhoso Coração, maravilhoso!