Eu é que sou o Perresidente!

Dívida regularizada,
nova bola estreada

SPORTO: 7
BENFICA: 7

Crónica

No dia em que os jogadores do DERBI finalmente regularizaram as suas dívidas (ou parte delas), permitindo assim a aquisição de novo material desportivo - nomeadamente um magnífico esférico - a história acabou por voltar ao seu curso normal, com mais uma jornada marcada pelo equilíbrio. Com um Benfica cada vez mais assente no 5 apresentado (Valente, Figueiredo, Porto, Marques, Bragança), face a um Sporto em eterna rotação (desta vez apresentando Cruz, Lopes, Lee, Bonito e Subtil), o jogo pautou-se pelo maior entrosamento dos primeiros contra uma superior capacidade técnica e atlética dos segundos. Ao melhor jogo colectivo do Benfica respondia o Sporto com iniciativas individuais de bom efeito. Durante os 60 minutos a marcha do marcador evoluiu sempre de forma entusiasmante, nunca se registando uma diferença superior a 1 golo. No aplauso final o resultado é justo e revela à saciedade o equilíbrio registado.



Análise d' Os jogadores - Tema: Políticos portugueses à mesa com José Quitério


BENFICA

Bruno Marques
- Marques Mendes

Majestosa foi a apresentação do líder da oposição. Pequeno na dimensão mas farto no sabor, fez a delícia dos comensais.


João Valente
- Mário Soares

De dimensões assinaláveis, género "enfarta-brutos", o peso-pesado do Benfica mostrou-se mais esgalgado, mas ainda de carne alentada. Pouco movente, revelou alguma relutância na confecção do carrocel.


Pedro "
Bragança" - Paulo Portas

Desenxabido, manifestando parcimónia no uso do sal, surgiu pouco na contenda. Da sua falta a equipa se ressentiu, orfã do seu melhor marcador.


Henrique Porto - Valentim Loureiro
Rijo como é de seu timbre, acalorado e fogoso surgiu Henrique, acompanhando em harmonia o resto do plantel. Não se coibindo do jogo individual - afinal, é um independente - mostrou equilíbrio no uso do mesmo, jogando mais para a equipa.


Figueiredo
- Manuel Maria Carrilho

Não deixou saudade o sabor de Figueiredo, mal temperado e de textura mole. Insípido no ataque, indolente a defender, foi corpo estranho no bem equilibrado pasto benfiquista.


SPORTO

Carlos Bonito
- Manuel Alegre
De garboso preparo, rico nos ingredientes e forma, o jogo de Bonito foi a poesia do caldo Sportista. Açucarado, satisfez com golos e assistências o tecto da cavidade bucal

Sérgio Lee - Jorge Coelho
Raçudo, altercante, a carne no prato azul e verde agradou ao palato do freguês. De feição associativa, ligou pelo esforço e qualidade as restantes iguarias do repasto, contribuindo de forma assaz para a ofensiva bluverde

Ricardo Cruz - Isaltino de Morais
Independente, servido em tacho tosco mas pleno de resistência, resistiu ao ataque dos adversários. Firme na forma como segurou o preparado, pouco consistente na distribuição da bola.


Miguel Lopes
- Jerónimo Sousa

Se na apresentação não ganhou valores, garantiu os mesmos na entrega e molho abundantes. Feliz no modo como subiu no terreno e procurou novos sabores na ementa do seu futebol.

José Subtil - Alberto João Jardim
De gustação difícil, o seu estilo não agrada a todos, mas satisfaz as paredes do estômago. Abundante na carne mas fraco no tempero, foi eficaz


O escriba,
Nuno Querido Manha

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