Sexo com bróculos

Quem falha golos assim
nunca ganha ao Alvim
TM & @ Produções Mouraria


DERBI: 3
Radio-X: 5

Crónica
Foi em campo neutro, no estádio do Cudoscaquistão, que a quarta edição dos encontros DERBI-7 teve lugar. Neste terreno desconhecido, de dimensões amplas, receava-se uma má adaptação dos atletas às condições... o público reunido nas bancadas comentava em surdina o medo de assistir a uma partida sem qualidade... mas engano seu: esta foi sem dúvida a melhor edição do torneio DERBI-heptagonal, marcada mais que nunca pelo equilíbrio exibicional, pela velocidade das transições e pela emoção de inúmeras oportunidades de golo para ambas as partes.

Pela equipa do DERBI, o encontro foi tratado com enorme respeito, salientando-se o estágio marcado na tarde do jogo para discussão dos processos técnico-estratégico-tácticos, na presença do convidado Mr Paulo Pedro Sousa, reputado treinador de 3º nível dos escalões primodivisionários do Futsal Nacional. Fruto do estudo e da palestra, o DERBI apostou em várias alterações, alinhando então com: Moura na baliza; Subtil no centro da defesa; Ferreira na ala direita; Figueiredo a fechar a esquerda; Lee e Marques no centro e Bragança no ataque. Nuno Fernandes, no banco, era a primeira opção disponível.
Pelos Radio-X, destacava-se a ausência de Totti e a entrada de Sousa, um central que viria a ser peça nuclear no resultado final. O habitual guarda-redes Negrão era a figura à guarda das redes; Branco os alas preferencial pela asa esquerda; Miki o homem que tentava substituir a ausência de Tottil pelo flanco esquerdo. Alvim, como sempre, era o isolado e trabalhador homem da frente.

Arrancou o jogo com uma imediata lesão muscular de Figueiredo, na primeira jogada por si disputada. Era um rude golpe na estratégia de rotação do DERBI e que se traduzia na entrada de Fernandes para o flanco esquerdo - e mais tarde, por troca com Bragança, para a frente de ataque.
Por muito tempo as equipas encaixaram uma na outra, sem golos, mas com várias oportunidades repartidas. O DERBI revelava uma estranha falta de concretização, com Bragança e Fernandes em destaque negativo, a falharem inúmeras bolas em situações isoladas. Refira-se que Negrão veria o poste da baliza a servir por 4 vezes os seus objectivos, negando o golo aos homens do DERBI. Mas também os homens do Radio-X se podiam queixar de azar. Uma bola ao poste, um fabuloso cabeceamento do central Sousa, falhado por escassos milímetros e alguns falhanços de Alvim marcariam a primeira metade do desafio.
O desequilíbrio no marcador haveria de surgir na sequência de mais um excelente canto dos Radio-X, com Sousa novamente a corresponder, mas desta vez com sucesso. Um golo de belíssimo efeito que marcou claramente a tendência de jogo. Já antes, o entendimento do mesmo com Branco tinha dado o primeiro passo no sentido do distanciamento dos radiofónicos. Mas o DERBI poderia ter saído do campo com um resultado favorável, não fosse o desacerto na finalização e o desaproveitamento de algumas jogadas de contra-ataque, nomeadamente por Nuno Fernandes, muito preso à bola. O possante avançado do DERBI mostrou novamente dispor de capacidade técnica e força acima da média, mas abusou no lance individual.
Embora o resultado mais justo fosse o empate, o marcador condena a negligência ofensiva do DERBI. Mas o que fica para a história é uma partida vibrante, equilibrada e muitíssimo bem disputada.



Análise d' Os jogadores - Tema: Parafilias

Radio-X: Sem Totti mas com Sousa, os Radio-X mostraram-se mais fracos no ataque, mas mais fortes na defesa. Miki bem tentou dar mais actividade ao lado esquerdo do ataque, mas Branco voltou a canalizar muito jogo pelo flanco canhoto, revelando novamente boa capacidade técnica, velocidade e força. Alvim foi desta vez mais perdulário, mostrando dificuldades ante a boa cobertura realizada pelos oponentes. Sousa e Careca, os mais recuados, foram felizes - os DERBIanos falharam inúmeros golos - mas na maioria dos lances não tiveram culpas, visto que o resto da equipa pouco ajudava. Negrão, na baliza, foi também feliz, vendo os postes defender por 4 vezes no seu lugar. Já Ukefalta fez um jogo discreto, dando pouco nas vistas.



DERBI 7

Subtil, Trampling (
http://en.wikipedia.org/wiki/Trampling_fetishism)
Gigantesco no centro da defesa, atropelou tudo e todos os que lhe surgiram pela frente. Adaptou-se extremamente bem à posição, varrendo a zona com inigualável concentração. Uma descoberta feliz de Mister Sousa.

Bragança, Dendrofilia (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dendrofilia)
Comeu a relva, mas foi infeliz. Perdulário no remate, deslumbrou-se com a facilidade com que (e quantidade de vezes que) chegou à baliza adversária, não patenteando o instinto matador que lhe reconhecem.

Figueiredo, Abasiofilia (
http://en.wikipedia.org/wiki/Abasiophilia)
3 minutos em campo, nada mais. Verdadeiro farrapo humano, saiu cabisbaixo, debilitado, com problemas musculares.

Marques, Podolatria (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Podolatria)
Bom jogo de Marques, o melhor desde o arranque dos encontros de 7. Muito activo, voltou a mostrar ter belos pés, adornando as jogadas de ataque com bons pormenores que desequilibraram a defesa dos Radio-X. Na defesa, trabalhador, correu muito e fechou os caminhos a preceito.

Lee, Voyeurismo (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Voyeurismo)
O "maestro" voltou a destacar-se pela inigualável visão de jogo, servindo os restantes companheiros e fazendo de pivot dos movimentos atacantes do DERBI. Várias vezes, no apoio ao ataque, exasperou com o individualismo de Fernandes.

Fernandes, Sadomasoquismo (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sadismo)
Esteve melhor na esquerda que na frente de ataque, onde se destacou negativamente pelo individualismo, deixando várias vezes os colegas à beira de um ataque de nervos. Possante, com inúmeros argumentos técnicos, podia ter sido a arma secreta do DERBI, mas acabou por se prejudicar com a previsibilidade dos seus movimentos.

Ferreira, Pogonofilia (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pogonofilia)
Branco deu-lhe água pela barba, mas Ferreira foi um adversário à altura do possante avançado radiofónico. Lesto, usou a velocidade como arma principal, quer no capítulo defensivo, quer no apoio ao ataque. A sua colocação à direita revelou-se (mais) uma boa opção estratégica.

Moura, Nanofilia (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nanofilia)
Novamente um gigante entre os postes, defendendo tudo o que era humanamente possível. Sentiu sérias dificuldades nos cantos, mas por culpa dos colegas de defesa que - incorrectamente colocados - não lhe permitiram sair de entre os postes. Exemplar também na reposição de bola em jogo, nomeadamente no capítulo do passe longo, concedendo assim mais soluções e desafogo para o ataque DERBIano.


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