"Sou tão mau..." - "Não és-naider!"

Quando todos vão à bola
levam 8 na sacola

DERBI: 5
Radio-X: 8


Crónica
As expectativas eram altas nesta 3ª jornada dos encontros DERBI-7. Depois do empate verificado na semana transacta, o DERBI apresentava-se ainda mais reforçado, com as inclusões dos 'artistas' Brunos - Ferreira e Marques - e a estreia de Carlitos Guapo na extrema defesa.
Já com um 7 ligeiramente diferente do anterior, os Radio-X mantinham os pilares da sua formação, com os artistas Pelé e Branco como figuras de referência e o raçudo Alvim na frente de ataque.
Arrancou a partida com um 7 exclusivamente DERBIano: Moura na baliza, Bonito a central, Figueiredo a fechar na direita, Subtil na ala esquerda, Ferreira e Lee no meio campo e Marques na frente de ataque. Assumindo desde o primeiro momento a sua habitual postura de defesa e contra-ataque, os vermelhos arrancaram melhor que os Radio-X, vendo-se rapidamente a ganhar por 2-0 e a apresentar excelentes movimentos técnico-tácticos.

Mas foi sol de pouca dura. Com o passar do tempo o DERBI perdeu o rumo e... perdeu Bonito. Lesionado, o central foi obrigado a sair prematuramente e todo o colectivo se perdeu. Por outro lado, os Radio-X forçavam os ataques pelo centro, aproveitando o desnorte das marcações zona-homem a que eram sujeitos. Branco (ontem de azul) e Pelé serviam a preceito um invariavelmente solto Alvim, que venceu inúmeras vezes o desigual duelo contra Moura. Juntando à exibição do ponta-de-lança radiofónico a capacidade de remate de 2ª linha dos restantes companheiros, o DERBI viu-se sem capacidade de organização defensiva, acabando por resvalar num completo caos sobre todo o seu último reduto.

No apito final, vitória justa para os Radio-X, mais coesos e pressionantes. Já o DERBI deve tirar ilações a partir dos erros e redefinir a sua atitude perante as novas dimensões do actual palco futebolístico.


Análise d' Os jogadores - Tema: os piores jogadores do campeonato português... (por motivos de saúde pública, limitado aos 3 grandes)

Radio-X: Branco e Pelé foram novamente os playmakers e Alvim o ponta-de-lança de serviço, que garantiu mais uma mão-cheia de golos, um deles - de cabeça - de particular qualidade. Usando o centro do terreno como palco prioritário, a equipa da onda-média aproveitou a forma macia como as marcações lhes foram feitas em todo o relvado. Com um DERBI todo disposto atrás da linha do meio-campo, foi visível a facilidade com que encontraram soluções após a saída de Bonito. Apostando na pressão alta nas saídas de bola do DERBI, obrigaram o adversário a utilizar bolas longas, com a defesa a apresentar-se em especial bom plano neste aspecto.


DERBI 7

Subtil, Pesaresi
Tecnicamente uma nulidade, não sou passou ao lado do jogo como jogou de um lado e a passo. Se é verdade que o seu flanco não foi o maior problema do DERBI, também não foi por ali que se fez alguma coisa. De início ainda tentou alguns ataques, mas rapidamente perdeu força e clarividência, afundando-se com os restantes companheiros.

Bragança, Ouattara
Noite negra para o Bragantino. Lutou, lutou, lutou e lutou, mas todo o sal do seu suor foi um mar de desperdício. Ainda assim, terá sido o melhor jogador de campo do DERBI.

Figueiredo, Rojas
Mostrou todos os seus atributos: a velocidade de uma bilha de gás e a capacidade técnica de um cão sem uma perna. Inteligentes, os Radio-X notaram as 3 ligaduras e 6 parafusos que abundam o corpo do "farrapo humano" e voltaram a fixar o seu melhor jogador - Branco - do seu lado. Mesmo apostando na atenção e dando 2 metros de distância ao seu adversário de excelência, foi comido (diria melhor, ruminado) inúmeras vezes no 1-para-1.

Marques, Glenn Helder
(nem quero imaginar qual a profissão actual deste gajo...
http://www.partynet.nl/glenn_helder/glenn_helder.html?PHPSESSID=eeb580fa9d4c1d8b6a14ea889d4dbcb0)
Técnica: muita. Disciplina táctica: pouca. Motivação: zero. De Marques esperava-se mais, quer ofensiva, quer defensivamente. Tal como o resto da equipa, teve um bom arranque, mas durou pouco. Daí em diante, difícil foi arrancá-lo do sítio. O talento está lá, mas tem de trabalhar mais. Ou melhor, mais que trabalhar mais, tem mais é que trabalhar melhor.

Lee, Tahar El-Khalej
Temperamental em demasia, o maestro perdeu a cabeça e a batuta, acabando por violentar... os companheiros. Também ele começou bem, mas perdeu-se no turbilhão de más marcações no meio-campo. Nunca virou as costas à luta, mas acabou, no final, por apostar em demasia no lance individual, tornando-se presa fácil para os adversários.

Bonito, Esnaider
A expectativa era alta e até começou de forma excelente, limpando a defesa do DERBI com mestria e inteligência... mas uma lesão obrigou-o a abandonar prematuramente o rectângulo de jogo. Fica a promessa adiada.

Ferreira, Kmet
A rapidez de Ferreira era a arma secreta do DERBI. Começou o jogo no meio-campo, mas rapidamente se entendeu que marcações, para este supersónico Iseguiano, apenas dizem respeito às linhas de campo. Quando substitui Bonito na defesa esqueceu-se de ligar o cérebro, acabando por ser um dos principais causadores do descalabro defensivo da 2ª metade do jogo.

Moura, Kralj + Michael Thomas
Contou por dois. Sem luvas e sem calças, o guardião Derbiano deixou (literalmente) a pele em campo, com uma punhet... uma punhada de defesas de altíssima qualidade. Corajoso, mostrou ter tomates gigantescos, sem temor de se mandar ao chão. De longe o melhor em campo do DERBI, não teve culpas nos golos sofridos.


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