A indústria do calçado em mais um jogo disputado
O cronista que hoje
regressa
Não faz qualquer
promessa…
Resultado final:
ISEG: 4
RESTOS DO MUNDO: 1
Crónica
Mais uma tentativa de
voltar às Crónicas do DERBI. Longe vão os tempos em que esta era uma componente
obrigatória das jornadas semanais de DERBI. É com tristeza que se verifica a
pobreza na edição de posts neste pasquim internético. O escriba volta a prometer
um esforço superlativo para voltar a publicar obra.
Quanto ao jogo, marcou
o regresso aos relvados depois das festas natalícias. Entre vários quilos de
filhós e fatia dourada, os atletas voltaram ao campo (e ao matagal) do CIF,
todos em busca da melhor condição física.
E de tal forma se
sentiu a falta de… forma, que o ISEG se impôs em todas as variáveis do jogo.
Com mais posse de bola, mais velocidade, mais técnica, mais faro de golo, mais
vontade e até mais cabelo – ou não fosse a grande figura do jogo o lança que
não faz ponta, Rui Castilho!
O ISEG disposto no seu
novo modelo 2-unsquantos-1, denotando enorme movimentação táctica (ou se
quiserem, caos) enredou a titular equipa dos Restos, privados do seu habitual
avançado, Sousa. Os homens do ISCTE & Ca sentiram sobremaneira a falta de
uma referência ofensiva, bem como a insegura exibição de Rafael.
No final, a vantagem
dos ISEGuianos acabou por aparecer com natureza.
Foi também no meio da
natureza e de um assinalável cheiro a cocó que o jogo acabou, no bosque que
rodeia o CIF, depois de mais um pontapé por alto dos Restos. Ou, como diria Rui
Veloso em “Chico Fininho”, depois de mais um chuto na retrete.
Para a semana, há mais
DERBI!
Análise d' Os jogadores
- Tema: Roupa e calçado
ISEG (& convidados)
Renato, luvas
Seguríssimo na baliza, mostrou bons reflexos e exemplar forma no regresso
à competição. Nas suas luvas pararam os poucos remates dos Restos. Dos seus pés
saíram coisas menos boas.
Figueiredo, camisola
Forçado a vestir as
duas camisolas, começou o jogo do lado dos Restos, suprindo o atraso de alguns
asquerosos atletas. Como habitualmente, fez um jogo pouco conseguido, mas suou a
camisola até ao apito final. No final, sem fôlego, ainda revelou alguma
exasperação aos microfones da rádio: “subo meia dúzia d’vezes por jogo, mas não
m’dão jogo, nem um passe c’me isola”.
Pedrito, fato de treino
O maratonista do ISEG
não perde na corrida para ninguém. Mas deve estar fa(r)to de treino de
resistência… já que velocidade, nem vê-la. Foi por vezes ultrapassado em
corrida pelos adversários, mas soube usar a colocação em campo para tornear as
suas fraquezas. No ataque, a bola queima e, consequentemente, as jogadas saem
ardidas.
Carlos Bonito,
sobretudo
Mandão na defesa e
eficaz no corte, foi sobretudo no lançamento do ataque que fez a diferença. Dos
seus pés nasceu a maioria das jogadas do ISEG.
Bruno Marques, sunga
Contido nos dribles e nas cuecas aos adversários, fez um jogo virado para
o colectivo. Encheu o meio-campo, trocou bem a bola e foi com isto sungando as
forças ao adversário.
Nuno Pedro, vestido de
noiva
Não descurou esta no(i)va oportunidade para mostrar serviço. Véuloz,
gracioso, quase feminino no seu jeito de jogar à bola, espalhou perfume no
sintético. Combinando bem com Castilho, foi dessa aliança que saiu o melhor
golo da noite.
José Subtil, soutien
Subtil, ou “Su”, como
alguns lhe chamam, joga sempre de peito aberto. Técnica? Jamais. Mas força?
Força, “Su” tien. Fez uma falta. Uma-mas que falta!
Rui Castilho, galocha
Há quem jogue em
pezinhos de lã. Castilho, não! O mais badocha do ISEG joga de galocha! O seu pé
impermeável fez render o peixe, com estragos nas redes dos Restos, que fez
balançar um punhado de vezes.
Bragança, capuz
Eis a análise que faltava e c’a pus agora na Crónica da semana.
Jogou um pouco mais avançado que o habitual, cobrindo a cabeça da área.
Implacável no desarme, feroz no duelo individual.
ISCTE e RESTOS DO MUNDO
Rafael, fraque
Fraco, muito fraco, o
desempenho de Rafael. O habitual baluarte da baliza dos Restos mostrou
insegurança e várias vezes não conseguiu suster os remates adversários, que, à
frente da baliza, não fizeram cerimónia.
José Falcato, saia
Saia da frente, que vem
aí o Falcato! Muito correu, num constante vaivém entre a defesa e o ataque.
Foi, porém, na prática, muito inofensivo.
Hugo Manuel, fato
Muito estático, pouco
interventivo. Ainda assim, é um fato que não foi pelo seu lado que o ISEG criou
mais perigo.
Tiago, meia
Responsável pelo meio-campo, fez meia parte de qualidade aceitável, mas
foi perdendo fulgor e raramente conseguiu chegar perto da baliza dos
ISEGuianos.
Rui Paz, farda
Talvez o mais
inconformado dos Restos, foi quem mais assumiu a obrigação de levar a bola para
o ataque. Também o mais visado pelos defesas contrários. Fica na retina uma
jogada mais durinha, em que enfarda, de forma pouco meiga, um belo cacete de
Subtil.
Miguel Ferreira,
sandália
Se tem a bola nos pés,
é um perigo. No entanto, se andá-lia a ver longe dos pés o tempo todo, não pode
fazer a diferença! Correu muito na tentativa de recuperar a bola no meio-campo
adversário, mas a boa troca de bola dos ISEGuianos não recompensou esse
esforço.
Henrique Porto,
salto-alto
É certo que salta alto,
mas desta feita não foi capaz de impor o seu físico na área adversária. A
defender, foi eficaz, mas não chegou para as encomendas, tropeçando várias
vezes perante a inferioridade numérica dos ISEGuianos nas suas imediações.
Miguel Lopes, cinto
Sinto muito, mas não é
possível elogiar o desempenho de Miguel. Perdulário frente à baliza
(escancarada) do ISEG, não conseguiu também fazer a vigilância apertada que se
exigia na sua defesa. Correu quilómetros, mas esteve vários furos abaixo do que
já fez.
Pelo enviado especial
Nuno Freitas Globo
DERBI MAGAZINE
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