Vida de cão

Grande espectáculo desportivo
atesta DERBI bem vivo

Resultado final:
DERBI: 9
RESTOS DO MUNDO: 8


Crónica

É um novo DERBI.
Um DERBI com novas caras, refeito, remodelado, mas com a mesma competitividade de sempre. Se o jogo desta 2ª feira é exemplo, o cronista arrisca que esta "roupa nova" cai bem no DERBI.
Uma vez mais juntou-se o "DERBI Clássico" contra os "Restos do Mundo" (estará na hora de mudar esta nomenclatura...). Com um quórum extenso de 12 elementos, alinharam pelos Clássicos: Bonito, Bragança, Figueiredo, Lee, Marques e Moura. Pelos Restos do Mundo: Falcato, Fernandes, Paz, Silva, João Tubal e (o estreante) Rui Tubal.
O encontro jogou-se em ritmo vivo, com dinâmica e bom entendimento entre os intervenientes. Como é norma, o equilíbrio foi patente e nenhuma equipa mostrou claro domínio face à outra... No entanto, a partir de metade do encontro, o posicionamento de Lee na posição de pivot foi um achado que baralhou momentaneamente a defesa dos Restos... aproveitaram os Clássicos para garantir um ligeiro distanciamento que conseguiram depois gerir até ao fim do encontro.
Sublinhe-se, a bem do espectáculo, o penúltimo golo do DERBI, num movimento colectivo muito bonito, com a bola a circular pelos pés de toda a equipa e a culminar num passe largo de Lee para a cabeça de Marques, que assistiu um fulgurante (e muito concretizador) Moura. Pelo lado dos Restos, a nota de destaque vai para a forma muito positiva (e promissora) com que o colectivo jogou - especialmente quando o virtuoso Fernandes decidiu dedicar-se ao todo e evitou o solo.
No final, vitória do DERBI pela magra vantagem de um golo

Análise d' Os jogadores - Tema: Raças de Cães

DERBI Clássico

Bonito, Poodle (http://www.guiaderacas.com.br/poodle.shtml)
Bonito é o rei do toque gracioso, do adorno no mais complexo movimento. Muito bem no suporte ao colectivo, soube sempre interpretar correctamente as trocas de posição, endossando fluidez à manobra colectiva. Com isto, no entanto, escondeu-se mais do que é costume. Dá a ideia que poodlia ter surgido mais na frente.


Bragança, Rottweiler (http://www.guiaderacas.com.br/rottweiler.shtml)

Enorme dedicação ao trabalho e muita vontade de ajudar são características já conhecidas do nordestino. No entanto, a noite gélida de Janeiro esfriou-lhe o pé habitualmente quente, acabando a contenda com poucos golos no seu pecúlio. Acabou roto

Figueiredo, Bulldog inglês (http://www.guiaderacas.com.br/bulldogingles.shtml)
A ausência de pescoço, a aparência maldosa (que acaba por ser só ilusão) e a total ausência de velocidade são a marca registada de Figueiredo. Nunca desistindo da luta, buliu imenso, mas revelou sérias dificuldades no domínio da bola... e do próprio corpo, tropeçando em si próprio algumas vezes


Lee
, Pequinês (http://www.guiaderacas.com.br/pequines.shtml)
O luso-afro-asiático entrou revoltado com o excesso de quórum, mas ainda bem que jogou. Fundamental na vitória, encontrou a chave para a defesa dos Restos, postando-se "ao colo" de João Tubal, na posição de pivot, conseguindo abrir pequinos espaços para a concretização dos colegas


Marques, São Bernardo (http://www.guiaderacas.com.br/saobernardo.shtml)
Badocha mas trabalhador, atacou menos que o costume e postou-se mais à defesa, salvando a sua baliza de muitos apuros. Badocha mas "bom companheiro", procurou sempre assistir os colegas. Dirá ele: "Badocha? Badochas São vocês".

Moura, Labrador (http://www.guiaderacas.com.br/labrador.shtml)

Verdadeiro caçador, surgiu sempre no melhor sítio para dar a estocada final. Concretizador e muito activo, mesmo com o seu "lombo e traseira largos e robustos", foi o artífice da vitória, labrando golos de belo efeito.


RESTOS DO MUNDO

Falcato, Chihuahua (http://www.guiaderacas.com.br/chihuahua.shtml)
Mais chato que perigoso, ladrou mas não mordeu. Perdeu inúmeros golos... mas também criou inúmeros lances de perigo. Ágil, não se importunou com os inimigos de maior porte que lhe surgiram pela frente. Se conseguisse "crescer" em campo e concretizar o que cria... chii... seria um perigo mortal.

Fernandes, Doberman (http://www.guiaderacas.com.br/dobermann.shtml)
Elástico, determinado, agressivo, resistente... Fernandes tem o killer instinct - e a cegueira pela baliza - de um matador. Importantíssimo na manobra da equipa, cria desequilíbrios como nenhum outro Resto. Mas essa vontade de decidir sozinho, quando não resulta, é muitas vezes penosa para o restante grupo. Na defesa esteve bem, especialmente a dobrar os colegas.

P
az, Basset Hound (http://www.guiaderacas.com.br/bassethound.shtml)
Imparável, "capaz de fazer grandes caminhadas", Paz é, como o seu nome indica, um animal pacífico. Soube sempre estar no sítio certo, farejando a oportunidade de golo. A defender não se deixou dormir. Cumpriu o basstante.


Silva, Husky (http://www.guiaderacas.com.br/husky.shtml)
O grisalho Silva mostrou galhardia na luta pela bola mas, especialmente por comparação com os colegas de defesa, foi algo macio na abordagem de alguns lances. Actuação positiva.


João Tubal, Boxer (http://www.guiaderacas.com.br/boxer.shtml)
Crucial a defender, sempre vigilante. Tal como a raça que o caracteriza, também patenteia uma "estrutura curta, quadrada e ossos fortes", nunca mostrando medo de meter o pé ou dar o corpo ao manifesto. Deu-se, no entanto, mal com a presença aborrecida de Lee

Rui Tubal, Dálmata (http://www.guiaderacas.com.br/dalmata.shtml)
Mais um jogador para o DERBI e mais uma boa aquisição. O 101º membro da instituição mostrou estar ao nível dos restantes executantes, embora tenha revelado alguma timidez, natural para um primeiro jogo


O enviado especial do DERBI-MAGAZINE,
Nuno Rui Santos

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