Uma árvore é um amigo

Resultado que surpreende
honra quem melhor defende


(aproximadamente)
Os Pastilhas: 14

Os Caramelos: 6


Crónica
No regresso do estágio Andorrenho de metade do DERBI, o quórum foi facilmente atingível, saudando-se a presença de 11 atletas no campo de Carnaxide.
Com o atraso do portador da bola, o jogo acabou por começar com um esférico não-oficial, que 'pedia' remates de fora-da-área... Os Caramelos - Bonito, Castilho, Cruz, Lee, Moura e Paz - usaram esse estratagema no início da partida, mas a falta de pontaria e a boa movimentação defensiva dos Pastilhas - Bragança, Cavaleiro, Fernandes, Figueiredo e Marques - praticamente impediu os primeiros de encontrar o caminho da baliza.
Responderam a essa toada os Pastilhas, com lances melhor urdidos, usando e abusando de Fernandes e Marques como portadores da bola e assistentes de serviço. Aproveitando positivamente os contra-ataques lançados a partir de bolas perdidas ou remates falhados dos antagonistas, o resultado evoluiu rapidamente para uma vantagem folgada dos pastilhas. Depois, mais elásticos e melhor distribuidos em campo, a equipa vermelha limitou-se depois a aproveitar o anseio dos Caramelos, que adoptaram uma (natural) postura ofensiva - mas sempre pouco eficazes no remate.

No final, a vantagem não espelha a verdadeira diferença das duas equipas, mas recompensa o melhor jogo colectivo dos Pastilhas e a fantástica exibição de Nuno Fernandes - claramente o elemento desequilibrador da jornada.


Análise d' Os jogadores - Tema: O dia da Árvore
OS CARAMELOS

Castilho, Mamoeiro (Carica Papaya)
Muitas vezes à mama, mas nem foi dos seus jogos mais egoístas... até se preocupou mais que costume com tarefas defensivas. No entanto, apenas 1 vez vociferou o seu grito de golo.

Paz, Pessegueiro (Prunus Persica)
Esgalhou vários remates, mas a pontaria voltou a não estar afinada. Deu sempre a impressão de ter passado um pouco ao lado do jogo. Tem classe e capacidade técnica para fazer muito melhor.

Moura, Cedro (Cedrus)
Chegou tardre ao recintro, mas cedro se viu que porco havria a fazer. Substituiu Bonito, mas o futebol dos Caramelos já estava em avançada autofagia.

Lee, Limoeiro (Citrus Limon)
Jogo azedo para o luso-afro-asiático. Infeliz no remate, ainda tentou uma ou outra vez a jogada individual, com resultados positivos. Mas a orquestração do colectivo desta vez não funcionou.

Cruz, Chourão (Salix babylonica)
Apenas se pôde lamentar, face aos inúmeros ataques em superioridade numérica do adversário. A defesa dos Caramelos e os contra ataques dos Pastilhas deram-lhe várias dores de cabeça.

Bonito, Sobreiro (Clitorea Racemosa)
Adormecido, foi uma sombra do jogador de outros dias. Acabou sentado no banco, provavelmente descontente com a sua exibição. O estágio andorrenho não foi benéfico.


OS PASTILHAS
Figueiredo, Figueira (Ficus)
Postado na defesa, deixou para o resto da equipa as despesas ofensivas. Com a mobilidade colectiva garantida, chamou um figo aos avançados contrários, limitando-se a defender as sobras.

Cavaleiro, Medronheiro (Arbutus unedo)
Mais um bom jogo de Cavaleiro. Trabalhou para o colectivo, sempre com sagacidade táctica. Rematou várias vezes, sem medro de ser feliz.

Marques, Fruta-pão (Artocarpus incisa)
Um bom jogo. No ataque, encheu a barriga com a sua capacidade de drible e remate. Na defesa, tirou várias vezes o pão da boca dos adversários. Com Fernandes ao seu lado, ganhou mais espaço para si.

Bragança, Eucalipto (Eucalyptus)
Esforçado, encontrou "água no deserto" e fez lances de ataque em bolas supostamente perdidas. Com processos simples e muita garra, marcou vários golos de puro oportunismo, esticando-se eficazmente para o golo.

Fernandes, Sequóia (Sequoia sempervirens)
Um gigante no sintético Carnaxidense. Temível no 1 contra 1, no 1 contra 2 e no 1 contra o resto do mundo, parecia ter cola nos pés. Fosse em drible, corrida ou no ressalto, a bola era invariavelmente de Fernandes. Claramente o melhor jogador em campo.

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