Caso de banha

Verso que rima à bruta,
em jogo com muita luta

SPORTO
: 9
PORTICA: 7
(mais coisa, menos coisa)

Crónica
Em jornada marcada por algumas ausências de vulto - com 3 convidados na folha de jogo e com a formação benfiquista (tornada portiquista) a necessitar do socorro de Carlos Bonito para formar plantel - assistiu-se a mais uma emocionante peleja, marcada por muita luta e esforço até ao aplauso final.
O Sporto dominou sempre o marcador, com o resultado a coroar a sua impressionante eficiência durante a 1ª metade do jogo e inteligência na parte final.
No 1º período, assistiu-se a um claro domínio da formação Portiquista, mas sem tradução em golos. À melhor troca de bola e circulação destes, respondia o Sporto com jogadas directas e... golos! Os vermelho-azuis jogavam bem, mas claudicavam na concretização.
O resultado chegou a retratar uma diferença de 5 golos, mas nunca o Portica baixou os braços. Buscando forças a reservas desconhecidas, o 5 azul-rubro pressionou o adversário até ao último minuto, chegando a criar sérios calafrios na orquestra de Lee.
No entanto, o resultado final acabaria por dar vantagem aos bluverdes, mercê da impressionante exibição do seu guardião e da forma inteligente como passaram a controlar o jogo no 2º período, não se envergonhando no endosso da bola a Ricardo Cruz perante o cerco à sua baliza.

Análise d' Os jogadores - Tema: Casa de banho


SPORTO
Mário
Moura - Toalha

Banhado em suor, correu quilómetros na defesa e ataque. De fato-macaco vestido, deu muito trabalho ao seu adversário directo, cotando-se como um elemento fundamental na abertura de espaços para os colegas e na dinamização do contra ataque.

Sérgio Lee - Banheira
Deu um banho de futebol. Choveram jogadas ofensivas daqueles pés. O maestro assumiu a responsabilidade de levar a equipa para a frente e, inspirado, produziu várias jogadas de ataque. Importante a serenar o jogo, deu à partida o ritmo que mais lhe aprovia.

Gonçalo Baptista - Amaciador
Macio, de fino toque de bola, o futebol de Gonçalo até destoa no meio de tanta força bruta. Importante na manobra da equipa e tacticamente evoluído, revela alguma falta de forma - fruto, concerteza, do seu longo afastamento dos sintéticos.

Ricardo Cruz - Escova de dentes
Uma limpeza. Exibição excelente do guardião verde e azul, que, seguro e rápido, defendeu, voltou a defender e tornou a defender o elevado número de remates adversários. Foi feliz com - mas também foi causador de - o desacerto ofensivo do Portica. Brilhou entre e fora dos postes e saiu do pavilhão, certamente, com um sorriso nos lábios.

José Subtil
- Piaçaba
Pouco bonito... mas eficaz, Subtil foi instrumento fundamental na dinâmica da sua equipa. Fez um jogo 'em força' - até porque técnica não é com ele. Sendo sempre difícil de marcar ao homem, os defesas sorriram com a fragilidade revelada na recepção de bola, capítulo onde esteve bastante mal.


PORTICA
Carlos Bonito - WC-Pato
Tentou embelezar o futebol Blurubro, adornando as jogadas ofensivas com belos gestos técnicos. O perfume do seu futebol, no entanto, esbarrou contra a "massa consistente" formada pelos seus companheiros de equipa. Perdulário no remate.

João Cavaleiro - Bidé
O menos interventivo do 5 blurubro, mas ainda assim a realizar uma exibição positiva. Naturalmente, foi vítima do pouco entrosamento com os seus colegas de equipa.

Pedro "Bragança" - Autoclismo
Lançou inúmeras descargas na baliza adversária, mas a sorte nada queria com ele. Em noite infeliz, não conseguiu atingir os indíces de concretização que normalmente ostenta.

Henrique Porto - Esponja de banho
Absorveu muito do jogo do Portica, usando e abusando do lance individual. Nem sempre feliz, nunca deixou de acreditar e lutar até ao fim.

Figueiredo - Papel Higiénico
Como habitualmente, fixou-se na defesa e tentou limpar as jogadas do ataque adversário. Apesar da equipa sentir melhorias defensivas com a sua presença em campo, o seu jeito áspero de jogar não foi suficiente para varrer o ímpeto de Sérgio & CA. No capítulo do remate, foi - usando as palavras sábias de Koeman - "una mierda".

O escriba,
Nuno Querido Manha

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