Belenensaria

Ano 2 - Nº 1 - 17/Setembro/2001


EMPOLGANTE!
SLB: 8
SPORTO: 8

A época 2001/2002 começou com um jogo empolgante, vivido com intensidade e equilíbrio até ao 'apito' final. Um bom prenúncio para a época que se avizinha.
O resultado final, um rotundo 8-8, espelha bem o que se passou no pavilhão de Carnaxide: 2 equipas atacantes, equiparadas e motivadas; que brindaram a assistência com um bom espectáculo.

Às 22 horas do dia 17 de Setembro, o DERBI reuniu-se para a sua 2ª época oficial de campeonato futebolístico. Presentes estavam todos os membros dos plantéis, salvo duas excepções: João Valente e Bruno Ferreira.
Após a fotografia da praxe (com os atletas engalanados com os novos equipamentos), soou o tão esperado apito inicial. O SPORTO alinhava com Moura, Lee, Abreu, Bonito, Castilho e Subtil. O SLB contava com os préstimos de Pignatelli, Figueiredo, Pedrito, Paulo Sousa, Marques, Bragança e Costa.
A toada foi desde o primeiro minuto de equilíbrio e ou muito nos enganamos ou vai ser assim durante toda a temporada... O primeiro golo foi para o SPORTO, mas rapidamente o SLB contrariou.
No lado do SPORTO, Lee mostrava-se como o habitual organizador, bem secundado por Bonito, em boa forma. Muito bem estava também Castilho... mas somente a atacar. A defender mostrou alguma displicência, diríamos até preguiça. Isso valeu-lhe agressivas reprimendas da parte de Lee, que bastas vezes viu a sua extrema defesa em inferioridade numérica face ao ataque do SLB. Abreu e Subtil trabalhavam com afinco nas marcações... e desmarcações; enquanto que Moura mantinha a sua habitual segurança entre os postes.
Pelo SLB, havia uma surpresa positiva, na figura de Bruno Costa. Muito embora não houvessem dúvidas sobre a sua capacidade futebolística, o jogo de ontem mostrou um Costa que raramente se tinha mostrado na época anterior: um atleta hiper-motivado, corajoso nas acções de 1 contra 1 e a jogar para equipa. Bruno Marques desta vez não 'explodiu', mas não deixou de deixar a sua marca com golos e assistências soberbas. Os 3 defesas, Sousa, Pedrito e Figueiredo mostravam-se coesos e afoitos no apoio ao ataque, tal como se exige de uma equipa com categoria. Pignatelli era o habitual misto de grande mais-valia técnica na defesa do golo, mais as já famosas opções atacantes discutíveis. De qualquer forma, muito mais comedido que em jogos anteriores, o que apraz registar.
Os golos surgiram a espaços, de formas diferentes, com alguns de belo efeito. Registo especial para o pontapé-Castilho, que entrou diversas vezes em acção, conjuntamente com os estonteantes dribles de Costa.
Perto do final do jogo, após momentos de vantagem do SPORTO, o SLB ganhou predominância, fruto da sua entrega e empatou o jogo.
Um resultado justo, num belíssimo encontro, cheio de emotividade e bom futebol.


Os jogadores - Tema: Pastelaria

SPORTO

Moura - Donut - Um bom jogo de Mário Moura... com alguns buracos pelo meio. Decerto que não foram 'frangos', mas voltou a ficar a sensação de que 'apenas' defendeu o defensável. Poderá ser injusto, mas a Moura exige-se mais.

Abreu - Croissant simples - Um jogo sólido e feito de simplicidade. Abreu correu muito, tanto para trás como para a frente, sempre em prol da equipa. Não descurou nunca a marcação e trabalhou sempre imenso no ataque. De negativo ficam registados alguns excessos de confiança na defesa, quando acreditou por mais que uma vez que o adversário não chegaria à bola... e se enganou.

Subtil - Croissant com creme - Tal qual como Abreu... mas com mais 'condimento'. Por sorte ou por instinto, parece estar muitas vezes no sítio certo para facturar. Uma exibição sólida do 4x4.

Ségio Lee - Pastel de Nata - A massa é dura, o recheio é mole e doce. Uma exibição que foi uma mescla de dureza e técnica... dando a sensação de privilegiar mais a primeira, ao contrário do que fazia antigamente. Lee tem passado de 'artista' a 'operário', o que pode não ser benéfico para a equipa. De qualquer forma, foi fundamental na manobra táctica do SPORTO.

Bonito - Bolo com cobertura glacé, recheio de doce de ovos, polvilhado com chocolate em pó - O seu futebol adornado nem sempre é o mais saboroso, mas é sem dúvida alguma vistoso. Bonito foi um bom complemento para Lee na construção de futebol atacante. Também já conseguiu jogos melhores, mas saiu de Carnaxide com o dever cumprido.

Castilho - Marquise de Chocolate - O possante Castilho fez um jogo de matador, apostando na simplicidade de processos e na rapidez de remate. Deu-se bem, marcando vários golos de belo efeito em outros tantos remates ao seu jeito. Menos bem a defender, onde nem sempre acompanhou o seu adversário directo.


SLB

Pignatelli - Kinder Chocolate - Sempre uma surpresa... Pignatelli voltou ontem a fazer das suas, mas em muito menor número que em noites passadas. Acabou por sair de Carnaxide com um registo final claramente positivo, fruto das excelentes intervenções que fez. Mas se fosse mais 'consciente', podia sair a ombros... assim, sai pelo seu próprio pé.

Pedrito - Bolo de Arroz - Rijo, uma Torre inabalável. Os múltiplos aviões que tentaram passar pela defesa do SLB embateram quase na firme muralha que foi Pedrito. Nunca ruiu e ainda teve força para ir espalhar o terror na baliza do SPORTO com os seus potentes mísseis-remates.

Paulo Sousa - Bolinho de amêndoa - Durou pouco, Paulo Sousa. Ainda procura a sua melhor forma, revelando pouca capacidade física ao nível da resistência. Enquanto jogou foi discreto, jogando simples e despachando a bola da defesa (nem sempre a preceito).

Figueiredo - Bola de Berlim - Finalmente! Um jogo sólido, seguro, com um pouquinho de recheio na figura de um golo suado. Bem a defender, cortou quase sempre as iniciativas a Castilho, Bonito, Abreu e Subtil. Frente a Lee encontrou mais problemas, mas nunca se deu por vencido. Esforçado, ainda teve força para ir várias vezes ao ataque, abrindo assim a frente de ataque para Costa & Ca.

Bragança - Tarte de Nat(h)a - Discreto, quase inexistente. 3 ou 4 remates e pouco mais. Uma exibição a anos-luz do 'João Tomás' do ano passado.

Marques - 'Duchése' - Passeou a sua classe por Carnaxide, mas tal como outros, soube a pouco. Revelou falta de ritmo, demonstrando ter ainda muito para melhorar. Mas ficou também um pouco 'à sombra' de Costa, que lhe retirou grande parte da sua habitual chama.

Costa - Bolo-Rei - Foi Rei e senhor no sintético de Carnaxide. Excepcional no um-contra-um, foi o grande responsável pelo reequilibro da partida, carregando às costas o ataque do SLB. Marcou golos, deu assistências e lutou até ao fim com grande disponibilidade e certeza. Foi por isso massacrado pela defesa do SPORTO, acabando por sair no final com dificuldades físicas.


Por Nuno Cartaxana, enviado especial do DERBI Magazine

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