Secreções e Excreções

Meia-crónica (rápida) do DERBI

Regresso às crónicas e aos relvados do DERBI, num jogo marcado também por vários regressos.
Mário Moura, depois de longa ausência, apresentou-se no relvado sintético, disposto a mostrar a sua valência. Falando em valência, também João Valente voltava a evoluir no plantel DERBIano, após uma experiência internacional de sucesso.

Marcadamente atípico, o jogo apresentou várias vicissitudes (que rica frase): nenhuma das equipas apresentava guarda-redes “titular” e os Restos tinham apenas 7 elementos. Como tal, o embate realizou-se em 7 contra 7.
O DERBI surgiu com Bonito na baliza (em rotatividade), Figueiredo no eixo central da defesa, Moura e Valente nos flancos. No meio-campo, Marques e Nuno Pedro cumpriam as despesas do vaivém. No ataque surgia um isolado Alexandre, com muito trabalho pela frente.
Com os Restos a apresentarem Miguel Ferreira, Tiago “Sousa”, Henrique, Falcato, 2 convidados de alguma aparente qualidade e Sousa na baliza, a contenda parecia não ir correr de feição às cores ISEGuianas.

O início do jogo reforçou essa ideia, com um golo muito mal sofrido pelo “manteigueiro” Bonito, num passe/remate (!) de meio-campo a passar entre as luvas do keeper DERBIano.
Mas, munido de enorme força interior, de ímpar capacidade de sofrimento (afinal, eram 7) e à boleia dos remates de Nuno Pedro, o DERBI deu a volta ao jogo e colocou-se a vencer. Os Restos reagiram com a subida para o ataque de Sousa, mal digerida pela defesa do DERBI, tendo chegado ao empate.
Valeu então, mais uma vez, a pujante capacidade ofensiva do duo mais atacante, com Alexandre e Nuno Pedro a resolver o jogo nas redes Restantes.

No final, saborosa vitória do DERBI, coroada com o grito “Tira-o do cú com um gancho”.

Análise dos jogadores.
Tema: secreções e excreções

Bonito: ranho. Foi vitima de um ranhoso início de jogo. No primeiro remate… toque… passe dos Restos na direcção da baliza, deixou a bola escapar entre as mãos. Foi melhorando com o passar do tempo, embora não tenha chegado aos níveis que já habituou a equipa.

Figueiredo: saliva. Gritou o jogo inteiro, fazendo da voz o seu valor. Cuspiu e vociferou contra colegas, adversários, espectadores, relvado e até uma ou outra criança que passava nas imediações do estádio. Ainda assim, melhor que o habitual (o que também não é muito).

Valente: cerume. Ainda o jogo não tinha começado e Valente já era a principal vítima da berraria dos colegas da defesa. Mas tanto insistiram que acabou por ouvir. Não se aventurou (muito) no ataque e com isto conseguiu ter pernas para ajudar na defesa. O melhor jogo desde o seu regresso.

Alexandre Lee: suor. Muito trabalho na frente, sempre disponível para pegar nas bolas de Nuno Pedro e a abrir linhas de passe. Um jogo para a equipa. Pena estar em baixo de forma no momento do remate.

Bruno Marques: remelas. Que é um fantasista de enorme qualidade, ninguém duvida. Mas por vezes adormece no meio do jogo, abdicando da recuperação. Inaceitável o momento em que, desatento, subiu tolamente até ao meio-campo, deixando um homem sozinho, a 20 metros, nas costas. Precisa de abrir os olhos.

Mário Moura: fezes. Muito cocó no regresso ao relvado, com visível receio das hérnias, ténias, hematomas e caspa que o afligem. Mas arreganhou os dentes, arregaçou as mangas e arrancou uma sólida exibição, muito atento e tacticamente impecável.

Pedrito: urina. Entrou para a ala direita da defesa e terá soltado um pingo quando viu que era Miguel Ferreira quem por ali andava. Mas soube ir à luta e fazer uma boa jogatana. Mais contido, evitou as queimas e com isso ninguém lhe partiu os rins.

Nuno Pedro: sémen. Dotado de invulgar capacidade de penetração e capaz de atingir o clímax, Nuno Pedro teve uma exibição orgásmica, quase pornográfica. E como se não bastasse, ainda se veio atrás. Impressionante.

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