Garcia da Horta

Marcar cedo e a defesa erguer
Faz o marcador crescer


Resultado final:
ISEG: 5
ISCTE & RESTOS DO MUNDO: 2


Crónica
Após um prolongado período de ausência, numa época marcada por um forte equilíbrio entre as equipas (o empate foi o resultado mais usual) e onde se assistiu ao regresso ao campo de Pina Manique, eis que voltam as Crónicas do DERBI.
A 3ª jornada de 2008 fica marcada pela clara superioridade da equipa do ISEG, num jogo atípico onde os Restos se viram desfalcados de alguns dos seus principais membros. Sem Miguel Ferreira, Rafael e Baptista, a equipa ISCTEiana apresentou um 8 composto por Lucas, Falcato, Hugo, Lopes, Tiago, Nunes, Paz e Sousa.
Do lado do ISEG, várias ausências obrigaram também a adaptações. Privados de Subtil, Castilho, Cruz, Alexandre Lee e Coroado, o ISEG fez jogar Moura, Bonito, Bragança, Figueiredo, Lee, Marques, Henrique e um convidado, João.
Apesar das ausências, os colectivos mostraram boa capacidade de envolvimento e entreajuda – com maior eficácia, neste capítulo, pelo lado do ISEG. Com boas transições ofensivas e uma constante preocupação em encurtar o campo, foram largos os períodos em que o ISEG conseguiu manietar a equipa adversária.
Já o ISCTE & Restos sentiu a falta da pressão centro campista garantida por Miguel Ferreira e a consistência defensiva que Baptista exerce. Com os elementos muito distantes uns dos outros e dificuldades na troca de bola, as melhores situações de perigo dos Restos resultaram de jogadas rápidas de Tiago, Paz ou Sousa, no aproveitamento de algum desleixo dos ISEGuianos na transição ataque-defesa.

Belos golos de ambos os lados, bons desenhos tácticos e muita abnegação, resultaram em mais um espectáculo agradável, com todo o DERBI a sair dignificado!
Assim se cultiva o espírito desportivo. E falando em cultivo…


Análise d' Os jogadores - Tema: Legumes e Hortaliças


ISEG (& convidados)
Pedro “Bragança”, Pepino
O brigantino deu tudo o que tinha e mais qualquer coisa, marcando golos, defendendo alto e fazendo gato-sapato dos Restos do Mundo nas surtidas ofensivas. Piqueno?! Não, gigantesco.

Figueiredo, Alface
Desgastado, lesionado, inferiorizado… Mas lutador. Figueiredo é a(l) face do “ISEG de fato-macaco”, sempre disposto a jogar feio quando é preciso. Pior é quando tem que jogar bonito… mas para isso está lá…

Carlos Bonito, Espinafre
Verdadeiro Popeye de Vila Nova de Paiva, apareceu com forças redobradas e uma atitude mais ofensiva que desequilibrou os pratos da balança no meio-campo a favor dos ISEGuianos. Um jogo em grande, a defender e atacar.

Sérgio Lee, Salsa
Foi o tempero do jogo dos “claros”, dando cor e sabor às jogadas de ataque. Com menos preocupações defensivas (do outro lado não estava o seu arqui-inimigo), entregou-se mais a papéis ofensivos.

Mário Moura, Cenoura
Depois de uma larga ausência, aproveitou a oportunidade para mostrar as suas capacidades… e estarão as mesmas intactas? Só se pode dizer “sim cenoura”! Eis o Mário de outrora, com bons reflexos e excelentes saídas de entre os postes.

Bruno Marques, Cebola
Quebra-cabeças da defesa “remendada” dos Restos, usou e abusou da técnica e velocidade, fazendo um grande jogo… os defesas adversários devem ter terminado o jogo… “com uma lágrima no canto do olho, com uma lágrima no canto do olho”…

João Convidado, Alho
O convidado João, genuinamente ISEGuiano, mas desconhecido da maioria dos convivas, mostrou velocidade e facilidade de remate. Abriu o caminho da vitória com um golo madrugador, deixando água na boca… no entanto, “deu o pum” pouco mais tarde, abusando do jogo individual e do remate precipitado.

Henrique Porto, Rabanete
Serão as declarações recentes de Scolari também para Henrique Porto? Para além de Miguel e Veloso, será também o jovem Porto um dos “jogadores de bunda grande”? Malgrado a boa técnica e impressionante estampa física, a pouca movimentação de Henrique deita muito a perder.



ISCTE e RESTOS DO MUNDO
Hugo Manuel, Quiabo
“Que diabo!”, terá exclamado Hugo, ante a pouco usual pressão alta dos rapazes de São Bento. Sempre muito pressionado na sua defesa, raramente conseguiu apoiar o ataque.

José Falcato, Erva-Doce
Muito “doce”, não conseguiu criar “massa crítica” no meio campo dos Restos, dando muito espaço às jogadas de ataque dos ISEGuianos. A velocidade foi a sua única arma, usando-a para entrar nas costas do ISEG (“entrar nas costas”, salvo seja).

Miguel Lopes, Nabo
Entrega total, mas a pouca capacidade técnica fica mais patente sem as muletas Baptista e Miguel Ferreira. Também ele muito pressionado, pouco se viu no ataque. No final ainda tentou ajudar na frente, mas sem resultados.

Tiago “Securitas”, Milho
Pivot da manobra dos Restos, coube-lhe a ingrata missão de substituir Miguel Ferreira como maestro do ataque. Mas poucas oportunidades teve de “dar milho aos pombos”, tal a falta de apoio que teve e dificuldade em criar linhas de passe.

Rui Paz, Couve
Um dos que houve de melhor nos Restos. Disciplinado a defender e sempre perigoso a atacar, aplicando a sua mudança de velocidade. Foi feliz, num remate bem colocado.

André Nunes, Lentilha
Com falta de ritmo, mostrou-se lento e pouco activo. Notou-se a capacidade de esforço, mas os índices físicos ficam muito aquém do resto dos Restos.

Duarte Lucas, Fava
Uma excelente exibição de Lucas, mas… a falta de Baptista e Ferreira foi uma autêntica fava no bolo de boas defesas que fez. Refém da pouca cobertura aos ataques dos ISEGuianos, nada pôde fazer nas 5 vezes em que foi buscar a bola dentro da sua baliza.

Pedro Sousa, Batata
Plantado na frente de ataque, teve pouco jogo nos pés, no resultado mais óbvio da falta de fluidez ofensiva dos Restos. Ainda assim, das poucas vezes que teve a bola nos pés, aplicou valentes “batatas” na bola, colocando em sobressalto o guardião contrário.

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