Os Tugas

Mesmo usando o tackle deslizante...
soma-se outra derrota frustante

TM & @ Produções Mouraria




DERBI: 3?
Radio-X: 10?

Crónica
Na cauda de uma série de copiosas derrotas, a jornada desta semana adivinhava-se azíaga para a formação DERBIana... sem Mário Moura, sem Ricardo, sem Alexandre e sem Bruno Marques; eram muitas - e importantes - as ausências. Mas quem temia mais uma exibição atropeladora dos Radio-X acabou por assistir a um jogo em que - embora a vitória não tenha escapado aos Radio X - se registaram vários períodos de equilíbrio.
Os Radio-X operaram várias alterações no seu 7, mantendo no entanto o seu núcleo: Branco, Totti, o guarda-redes Negro e Miki, acompanhados de 3 figurantes de bom nível, incluindo o repetente Masqueméquelé, possante jogador africano.
Já o DERBI contava com o Baptista, Bragança, Figueiredo, Valente, Paz, Lee, Subtil e Bonito; um plantel cheio de vontade mas onde se vislumbravam problemas no domínio técnico do esférico.
O DERBI começou - como de costume - bem, com pressão alta sobre as alas e grande mobilidade do meio-campo. Com marcações precisas e disponibilidade para as sobras por parte de todos os elementos, a defesa ia resolvendo os sobressaltos que a força de Branco e a agilidade de Totti geravam. Já no ataque sentia-se uma relativa falta de presença, notando-se relutância por parte dos DERBIanos para subir em bloco - é que a recuperação, depois, não é fácil.
Num primeiro lance de falha de marcação, Totti marcou o primeiro do jogo, seguindo-se rapidamente mais 2 golos dos Radiofónicos. O DERBI não baixou os braços e foi para a frente, conseguindo marcar numa boa jogada colectiva.
Com o passar dos minutos o Radio-X voltou a apostar na pressão alta, subindo no terreno para tapar os espaços junto da grande área DERBIana. Sem grandes soluções para contrariar isto, o DERBI começou a sofrer um agoniante cerco. E de súbito os Radiofónicos notaram que na baliza não estava um especialista com as mãos. Inteligentemente aproveitaram esta fragilidade, com Branco e Totti a mostrarem mais uma vez que metem a bola onde querem e Masqueméquelé a espancar Bonito e Baptista (os mais habituais homens das luvas) com potentes remates de longe.
Com uma elevadíssima taxa de sucesso por bola rematada, o resultado foi-se avolumando e com isso cresceu o desnorte táctico do DERBI. Mas a ponta final da equipa ex-ISEGuiana até acabou por ser positiva - excepção feita a algumas bolas perdidas à saída para o ataque.
No final, vitória clara e justa para os Radio-X, com o DERBI a mostrar melhorias no futebol praticado. Falta trabalhar no antídoto para a pressão alta (altíssima) dos Radio-X sobre a sua extrema defesa.




Análise d' Os jogadores - Tema: A SELECÇÃO PORTUGUESA

Radio-X
Branco fez mais uma exibição de grande qualidade. Sempre à procura da bola, sabe subir quando tem espaço e descer para a sua intermediária quando sente a marcação a homem. Depois a velocidade e colocação de bola faz o resto. Totti foi a habitual némesis, marcando bons golos, ganhando ziliões de ressaltos e abusando da sua capacidade técnica. Negrão voltou a estar bem na baliza, bem coberto pela cortina defensiva. Miki fez o que sabe - correr. Masqueméquelé voltou a revelar tremenda força no remate - mas por outro lado, pouca produção para tanto tamanho. Vermelho foi útil, aparecendo com ratice para marcar alguns golos nos ressaltos de bola.

E o outro tipo que falta deve ter jogado pouquito, porque nem me lembro.


DERBI 7
Baptista, Paulo Santos
Calhou-lhe a fava de ser o substituto do substituto do guarda-redes habitual. Fez o que podia na posição, mas foi claro que não tem o perfil nem o ritmo competitivo para a função, especialmente naquela baliza enorme.

Valente, Nuno
Vontade há muita e tem ganância que chegue e sobre para Quaresma vender na praça... mas a falta de técnica é penalizadora e a velocidade não ajuda. Mais que defender mais, precisa de se defender mais - subir no campo no reatamento da bola é uma ideia a considerar.

Bonito, Ricardo Carvalho
O sweeper da equipa tentou sempre limpar as jogadas de ataque. Usando o seu bom posicionamento e leitura de jogo, cumpriu. Mas ficou a sensação que há mais futebol naquelas botas. Tem nitidamente que superar as mazelas físicas para surgir em todo o seu esplendor.

Subtil, Maniche
Lutador, postado no centro do terreno, trabalhou e trabalhou até ao fim das suas forças. Sempre à procura de oportunidades para aplicar o seu forte pontapé, sempre sem medo... e foi com isso que conseguiu fazer chocalhar as redes de Negro.

Paz, Boa Morte
A falta de minutos nas andanças do DERBI 7 foram óbvias. Mostrou dificuldades do ponto de vista táctico, não acompanhando a preceito a flutuação lateral da equipa. Subiu com muita vontade, mas com resultados pouco animadores. Mas tem mais margem de progressão que os restantes colegas e poderá vir a fazer estragos na savana Carnaxidense.

Bragança, Costinha
Jogou todo o terreno, de ponta-de-lança a guarda-redes, numa revelação clara do grande jogador de equipa que é. Nada a apontar a quem dá tudo o que tem, sempre sem egoísmos, sempre a bem do colectivo: Bragança foi igual a Costinha. Mas mais baixo. E sem o fato Armani. E branco.

Figueiredo, Petit
Bruto como o raio, totalmente absurdo no uso dos carrinhos - falhou todos por uns valentes 2 metros e num deles ia dando cabo de si próprio... e de Lee, seu colega de equipa. Mas nunca virou a cara à luta e acabou por roubar algumas bolas a Branco e Totti. No final era um verdadeiro farrapo humano, totalmente esgotado.

Lee, Deco
Era para ser Hugo Viana, mas o escriba foi amigo... e Lee é o Deco do DERBI: o homem por quem todas as bolas passam, que constrói todas as jogadas, que ataca e defende, que nunca baixa os braços. Foi, como habitualmente, subindo no terreno à medida que os minutos passavam, o que teve efeitos imediatos na solidez do time.

O enviado especial do DERBI-MAGAZINE,
Nuno Querido Manha

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