Tesourinhos deprimentes

Defesa inconsistente,
ataque impotente...
e naturalmente toda a gente
vai para casa descontente.
TM & @ Produções Mouraria

DERBI: 2

Radio-X: 6

Crónica

Vitória fácil dos Radio-X numa partida marcada pela inconsistência exibicional do DERBI e inspiração de Totti, o Pelé Carnaxidense.
O DERBI apresentou-se com uma extensa convocatória composta por Moura, Baptista, Paz, Figueiredo, Bruno Bragança, Lee, Marques, Subtil, Castilho e Pedro Bragança. 10 jogadores que permitiram gerir uma boa rotação de esforço - mas que por outro lado geraram o caos técnico-táctico, pelos permanentes ajustes realizados com as entradas e saídas.
Os Radio-X não contaram com Alvim mas tiveram no seu lugar um inspirado (e felizardo) Totti, que por 4 vezes conseguiu rasgar sozinho a defesa Derbiana e encontrar o golo. Também Branco esteve poderoso, alternando o uso das duas faixas para aplicar o seu forte jogo no um-para-um. A restante equipa esteve à altura, com destaque para o posicionamento centro-campista de Careca e as boas defesas de Negrão.
O DERBI fez uma partida desinspirada, com sérios problemas no capítulo do passe e da movimentação colectiva. A saída de bola em ataque planeado foi feita aos repelões, contabilizando-se inúmeras percas de bola que geraram contra-ataques rápidos e mortíferos dos Radiofónicos. Valeu ao DERBI, em mais que uma situação, a excelente prestação de Mário Moura, verdadeiro artista de Jogos sem Fronteiras, que brilhou entre os postes Derbianos. Com o aumento da diferença no marcador, as condições só pioraram, com algum mau-estar a instalar-se entre os atletas e a 'gana' ofensiva a revelar-se contraprudecente (assistindo-se, mais que uma vez, à "errada" subida dos 2 laterais no terreno, descompensando por completo a extrema defesa).
Resultado final sem qualquer contestação, com Totti a merecer o louvor de MVP.

Análise d' Os jogadores - Tema: Históricos Apresentadores de Televisão
Radio-X
Totti e Branco foram os terrores de serviço, bem apoiados por uma equipa com algumas novidades, mas revelando melhor sentido colectivo. Negrão esteve impecável na baliza, excepção feita ao golo de Baptista, onde pareceu ficar surpreendido com o ressalto da bola na relva. Careca foi o útil sapador para todo o serviço e Baixinho mostrou à vontade com a bola. Os restantes cumpriram o seu papel com brio.


DERBI 7

Subtil, Carlos Cruz
Regressado de um curto exílio, a braços com problemas com crianças, Subtil não revelou a sua habitual capacidade de explosão. Preso, não se conseguiu libertar da defesa.

Bruno Bragança, Raul Durão
Forte, mas a aparência corpulenta é um pouco enganadora... Bruno postou-se no lado esquerdo e apareceu pouco no jogo. Para seu azar, na lotaria das marcações surgiu-lhe várias vezes o inspirado Totti.

Pedro Bragança, Vera Roquete

Díficil de avaliar o desempenho de Pedro Bragança. Por um lado, a dedicação total é louvável e tem que ser aplaudida. Mas a "fome de golo" leva-o a nem sempre decidir da melhor forma - optando quase sempre pelo lance individual... Esteve bem? Esteve mal? Agora escolha.

Figueiredo, Engº Sousa Veloso

Pouco se deu conta de Figueiredo, tal era a sua integração com o relvado. Vegetal total: um nabo com a bola nos pés, sem tomates para subir, muita fruta nos ressaltos de bola com Totti, uma batata que quase saía do campo e um grande melão quando falhou um bom chapéu sobre negrão... Com um pouco mais de sorte podia ter saído sorridente, mas a verdade é couve azar...

Marques, Bárbara Guimarães

Futebol bonitinho, mas sem sal. Tentou criar o ataque DERBIano a partir da defesa, mas raramente teve sucesso. Esteve bem nalguns cortes providenciais, mas acabou por ser uma das fraquezas da equipa, especialmente devido ao desentendimento com o seu parceiro de meio-campo...

Lee, Maestro Vitorino de Almeida

O Maestro pegou na batuta, virou-se para a orquestra e... começou a gritar com todos. Lee até começou bem, no seu jeito "Tinga" de jogar à bola, pleno de tabelinhas e progressão em 2-1. Mas com o desenrolar do jogo e a inferioridade no marcador, perdeu discernimento: quis resolver e levou longe demais o seu esforço, perdendo bolas perigosas e descompensando o seu meio-campo. Valeu pela vontade.

Paz, Vasco Granja

Animou o flanco direito, mas já se sabe que daquele lado mora Branco. Foi batido várias vezes pelo poderoso extremo Radiofónio, insistindo - e perdendo - na "ida à queima". Pouco respeitador de um ponto de vista táctico, foi visto a subir no terreno fora de tempo, desguarnecendo o seu flanco.

Moura, Luis Pereira de Sousa

Já começa a ser repetitivo e estamos carecas de saber, mas mais uma vez, Moura foi o melhor jogador em campo. Sem responsabilidades nos golos sofridos, ainda acabou por evitar mais uma mão cheia.

Baptista, Eládio Clímaco

Jogou onde mais gosta - na retaguarda - e enquanto teve apoio do resto da equipa esteve sempre bem no capítulo defensivo. Mais tarde, sozinho, é que era impossível fazer melhor. Ainda arranjou tempo para pegar na bola, atravessar a fronteira do meio-campo e rematar de longe para golo.

Castilho, Teresa Guilherme (http://www.inepcia.com/teresaguilherme.html)

O atrasado Paquiderme de Alcaíns revelou toda a sua faceta goleadora na única jogada de registo que assinalou: recebeu, correu, chutou, marcou. De resto, mostrou muito pouco, mas a culpa nem foi dele - a bola raramente chegou à sua quinta.

O enviado especial do DERBI-MAGAZINE,
Nuno Querido Manha

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