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EM PLENA CRISE DIRECTIVA

COMEÇA A ÉPOCA DESPORTIVA

BENFICA: 8
SPORTO: 6


Crónica

Regressa ao activo a mais competitiva liga desportiva da actualidade nacional, avançando a passos largos para a dezena de anos de actividade. A braços com uma profunda crise directiva, patente ao nível da presidência e da comissão executiva, o DERBI regressou ontem ao mega-complexo de Carnaxide para arrancar com mais uma época de futebol total.

No palco do pavilhão evoluiram as equipas do Benfica e Sporto, num plantel 'retocado' com 3 atletas convidados - deixando à vista as dificuldades existentes na elaboração do quórum.

A partida evoluiu com baixa velocidade, tal como esperado para o primeiro jogo da época. Sob o habitual condão do equilíbrio, o Benfica manteve-se na frente do marcador por uma vantagem tangencial, garantindo a vitória graças ao melhor entrosamento e fulgor atlético dos seus jogadores. Do lado do Sporto, a lesão de Bonito foi um rude golpe nas aspirações da equipa, retirando fantasia e frescura ao quinteto verde e azul.

Análise d' Os jogadores - Tema: Jogos do Spectrum

BENFICA
Marques - School Daze
Destruidor de defesas, criador do caos ofensivo e defensivo, um quebra-cabeças à solta. Usou e abusou de cabriolices para 'gozar' com os adversários. No final do jogo foi 'de castigo' para a baliza, por se recusar a recuperar após perda de bola no ataque.

Valente - R-Type
Cada remate de Valente é um míssil na direcção da baliza contrária. Nem sempre com a maior precisão, é certo, mas com elevado grau de explosão. Valente lutou até ao fim, mas viu "game-over" num esforço final, num sprint a 2km/h, vergado sob as dores das câimbras.

Bragança - Renegade
Sozinho contra os defesas Sportistas, Bragança fez um jogo de luta, abusando do corpo-a-corpo, procurando a refrega. Perdulário ante a baliza, valeu a capacidade de desgaste do adversário.

Figueiredo - The Hobbit

Nitidamente melhor na escrita que na acção, o escriba defensivo pouca aventura procurou na frente. Mantendo-se na extrema defesa do Benfica, soltou-se mais para o final, procurando forçar os últimos minutos do carrocel.

Mário Rui - Chuckie Egg
Ágil, tecnicista, mas lento, muito lento - autenticamente a pisar ovos - Mário Rui não deixou de ser um convidado de grande qualidade. Revelando alguma falta de entrosamento com os restantes colegas, prendeu a bola em demasia. No lance individual nem sempre foi feliz, mas em outras ocasiões chamou pato aos adversários


SPORTO
Lee - Chaos
O estratega da equipa, um pensador nato, mas vários furos abaixo da forma de outros tempos. Não foi capaz de criar os desequílibrios que o fizeram famoso, o que acabou por ser notório na falta de fluidez do jogo ofensivo do Sporto.

Bonito - Jet Set Willy
O saltimbanco do Sporto foi vítima de uma lesão nos primeiros momentos do jogo, não conseguindo assim transpôr para o campo todo o seu reportório de fintas, saltos e esquivas

Moura - Paradise Café
Fraca exibição de Mário Moura, com falta de fulgor e resistência. Ainda marcou um bom golo, resultado de um víril remate, mas após isso, nada se viu. Acabou o jogo em dificuldades físicas, verdadeiramente 'violentado' pelos constantes vai-vens entre a defesa e o ataque

Subtil - The way of the Exploding Fist!

Mais um lutador em campo, que não receou o contacto físico. Também ele a mostrar indíces atléticos menores que o costume - nada de estranho no arranque da época desportiva. No fulgor do combate, foi e mandou adversários ao chão. Imparável... nos lances de bola parada

João Cavaleiro - Pyjamarama
Apesar de bastante ágil dada a sua complexão física, o convidado João revela algum excesso de peso, que acaba por dificultar bastante as suas acções. Apesar disso, o seu esforço e excelente espírito desportivo fazem dele um bom colega e um valor a considerar no futuro do DERBI

Ricardo Cruz - Arkanoid
O último homem das hostes do Sporto foi uma verdadeira parede para o ataque vermelho. Com menos quilos e maior agilidade, só foi batido nos lances de um (e dois...) contra um


O escriba,

Nuno Querido Manha