Bar Cu à deriva

Em noite de forte trovoada
Um mero golo desempatou a jornada

Resultado final:
ISEG: 3
ISCTE & RESTOS DO MUNDO: 4


Crónica
O DERBI e as crónicas regressam, num formato mais rápido e menos elaborado. Afazeres profissionais do escriba a isso obrigam… Aliás, não fossem os inúmeros pedidos de muitas famílias e a crónica teria que ficar por escrever…
Em noite de regresso aos campos, após uma longa e salutar pausa de Verão (mais uma infeliz jornada cancelada por falta de quórum ISEGuiano), foi a chuva o principal protagonista!
Chuva? Talvez devêssemos dizer dilúvio, tal a bátega que caiu sobre a incauta cabeça dos atletas no sintético do Pinamanique! Durante vários minutos, os 16 homens em campo lutaram uns contra os outros e contra a fúria dos elementos.
Sob a luz dos relâmpagos, os Restos alinhavam com a sua máxima força, marcada pelo regresso de Rafael e Miguel Ferreira, bem apoiados pelos já habituais Baptista, Paz, Falcato, Henrique, Sousa e Jorge. Do outro lado, duas ausências de destaque no figurino – sem Alexandre Lee e Marques, coube a Cruz, Bonito, Figueiredo, Bragança, Sérgio, Castilho, Subtil e Ferreira protagonizar a defesa das cores ISEGuianas.
Com estes plantéis algo desequilibrados receava-se um resultado desnivelado, mas a capacidade de luta do ISEG acabou por esbater a diferença entre a qualidade dos protagonistas. O resultado acabou por fixar-se na diferença mínima, valendo aos Restos a superior capacidade concretizadora de Ferreira e Sousa.
Neste campo alagado, sob o signo da água, o tema só podia ser…


Análise d' Os jogadores - Tema: Transportes Marítimos


ISEG
Cruzeiros Cruz
Pesado, notando-se a falta de agilidade, o Cruzeiro Cruz ainda assim teve um jogo feliz. Sofreu apenas 4 golos e quase não meteu água. Note-se também o reduzido número de remates efectuados pelos Restos, muito por culpa de um…

Bonito bote salva-vidas
que navegou nas águas turbulentas da defensiva ISEGuiana. Sempre a postos para dobrar os companheiros, salvou várias vezes a sua equipa de maiores trabalhos. Foi sempre bem apoiado por…

Bragança, o quebra-gelo
Chuva? Neve? Gelo? Granizo? Granito?!?! É o que quiserem. Nada pára este autêntico monstro marinho. Nunca virou a cara à luta, nunca parou um segundo. Uma ou outra vez mais distraído na marcação, mas sempre pronto a limpar o pó! E bem melhor que o…

Submarino Figueiredo
Pouco se viu de Figueiredo. As condições atmosféricas não eram favoráveis ao seu futebol desequilibrado... Feliz num ou noutro corte, infeliz no lance do 1º golo dos Restos. Não se pode queixar do seu parceiro de flanco, o

Porta-contentores Subtil
Subtil deve estar contente com a sua exibição. Correndo sempre pelo seu flanco, a defender e atacar, surgiu até várias vezes no interior da área adversária – onde, aí sim, não foi muito feliz. Foi um genuíno jogador box-to-box e uma boa “muleta para o criativo

Lee, o barco Rabelo
Tal como o Barco Rabelo, também Lee tem um fundo chato. Mas desta vez conteve o mau génio, sendo o primeiro a moralizar os seus colegas, numa actuação alegre e trabalhadora, que só se pode aplaudir. Numa batalha desigual contra Miguel Ferreira, foi mais um lobo que nunca virou o rabo à luta.

Castilho, o barco insuflável
Excelente exibição de Castilho. Mesmo apesar de alguma infelicidade – especialmente no capítulo do passe – foi notável a forma como se adaptou a um lugar que não é (ERA) o seu. Muito esforçado, teve sempre atenção aos aspectos defensivos, ajudando e ajudado pelo bom entendimento com Bragança. Naturalmente foi “perdendo ar” ao longo do jogo, acabando sem forças.

Bruno Ferreira, o offshore powerboat
Rápido, ágil… e meio abandonado em campo. Ferreira fez um belo jogo, procurando sempre criar problemas ao reduto defensivo dos Restos, mesmo sofrendo da falta de apoio dos colegas.



ISCTE e RESTOS DO MUNDO
O contratorpedeiro Rafael
O baluarte defensivo dos Restos, o obstáculo inultrapassável, o barco que resiste a tudo. Num relvado complicado para qualquer guarda-redes, voltou a dar provas da sua qualidade.

Baptista, o rebocador
Também Baptista é um “barómetro” das exibições dos RESTOS. Com a sua fundamental posição no centro da defesa, leva muitas vezes a reboque o resto da equipa. O patrão da defesa esteve bem, especialmente contra a incómoda presença de Bruno Ferreira.

O Ferryboat Falcato
Falcato voltou a protagonizar um jogo de grande entrega física, nunca deixando de fazer o vai-vem entre a defesa e o ataque, no seu flanco predilecto. Mostrou estar em boa forma.

O Petroleiro Henrique
As dimensões de Henrique podem ser generosas, a agilidade pode nem ser a maior, mas na verdade é quase imparável. Excelente no transporte e protecção da bola, deu boa dinâmica ao meio-campo dos Restos.

Miguel Ferreira , o porta-aviões
Quando o porta-aviões entra no porto, todas as outras embarcações saem da frente. Munido de um arsenal quase sem fim e mesmo não tendo feito grande exibição, foi ainda assim o homem da vitória dos Restos, marcando um golo de belo efeito.

Jorge, o barco à vela
No ataque, meio perdido num mar revolto, Jorge raramente encontrou o rumo certo. Na defesa cumpriu o seu papel. Discreto, não semeou ventos- evitando assim a tempestade.

“Gaivota” Paz
Pedalou imensas milhas, sempre perto das costas de Sousa, sempre a apoiar Falcato. Menos explosivo que noutros tempos, estará ainda à procura da melhor forma.

Navio-hospital Sousa
Fustigado pela chuva… e pelas lesões, esteve mais tempo fora de campo que dentro das 4 linhas. Ainda assim deu para marcar uns tentos.



O enviado especial do DERBI-MAGAZINE,
Nuno Rui Santos


Todas as crónicas em
http://www.derbi.blogspot.com/

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Oito anos depois, eis que voltaram os bois.

A indústria do calçado em mais um jogo disputado

Ma-ra-vi-lhoso Coração, maravilhoso!